Atualização da Dengue no Paraná 11/05/2016 - 09:10

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná atualizou os números da situação de dengue no estado. Foram notificados, da semana 31/2015 (primeira semana de agosto) até a semana 18/2016, 133.870 casos suspeitos de dengue, dos quais 42.094 foram confirmados, 25.765 por laboratório. Do total de casos confirmados, 38.958 são autóctones e 3.136 importados. 47.134 casos foram descartados.

Quanto à classificação final, dos 133.870 notificados, 44.642 (33,3%) permanecem em investigação, 41.264 (30,8%) foram confirmados como Dengue, 744 como Dengue com Sinais de Alarme (DSA), 86 como Dengue Grave (DG) e 47 (quarenta e sete) óbitos por dengue grave no período. Os óbitos ocorreram em Paranaguá (27), Antonina (1), Curitiba (2), Foz do Iguaçu (10), Medianeira (2), Cascavel (1), Santa Terezinha de Itaipu (1), Santa Helena (1) e Maringá (2).

A incidência no Estado aumentou para 348,99 casos por 100.000 hab. (38.958/11.163.081 hab.), considerada como situação de epidemia (acima de 300 casos/100.000 hab.) pelo Ministério da Saúde.

Os casos confirmados da doença ocorreram em 256 (64,2%) municípios com as incidências variando de 8.967,87 a 0,34 casos por 100.000 habitantes.  O número de cidades em epidemia também aumentou, passando a 70. Os municípios com incidência acima de 300 casos/100.000 hab. da maior para a menor incidência são:Paranaguá, Assaí, Rancho Alegre, Santa Cecília do Pavão, Medianeira, Santa Terezinha de Itaipu, Mamborê, Boa Vista da Aparecida, Foz do Iguaçu, Munhoz de Mello, Ibiporã, São Miguel do Iguaçu, Santa Helena, Quedas do Iguaçu, Cafelândia, Capanema, Cambará, Itambaracá, Porecatu, Sarandi, Jataizinho, Iguaraçu, Leópolis, Colorado, Santo Antônio do Paraíso, Pérola D'Oeste, Pérola, Marialva, Bela Vista do Paraíso, Braganey, Tapira, Planalto, Ampére, Nova Santa Rosa, Itaipulândia, Serranópolis do Iguaçu, Paiçandu, Corbélia, São Sebastião da Amoreira, Londrina, Floresta, Sertanópolis, São Jorge do Ivaí, Capitão Leônidas Marques, Santa Isabel do Ivaí, Centenário do Sul, Ubiratã, Antonina, Nova Cantu, Nova Aliança do Ivaí, Florestópolis, Maringá, Mandaguaçu, Ivaiporã, Ivatuba, Jardim Olinda, Matelândia, Santo Antônio do Caiuá, Astorga, Tuneiras do Oeste, Jesuítas, Guaraci, Cambé, Santa Fé, Terra Roxa, Missal, Realeza, Santa Izabel do Oeste, Toledo e Ouro Verde do Oeste.

Os municípios com maior número de casos notificados Os municípios com maior número de casos notificados são Paranaguá (18.936), Londrina (14.601) e Foz do Iguaçu (12.531) e com o maior número de casos confirmados são: Paranaguá (13.683), Foz do Iguaçu (5.010) e Londrina (3.509).


Figura 2 – Classificação dos municípios segundo incidência de dengue por 100.000 habitantes,Paraná – semana 31 a 18/2016*.

mapa dengue Paraná

Fonte: SESA/SVS/Sala de Situação



Com o aumento no número de casos de dengue no Paraná, as autoridades de saúde alertam para a importância do diagnóstico e tratamento precoce dos pacientes com suspeita da doença.

A população deve ficar atenta aos sintomas característicos e procurar atendimento de saúde o mais rápido possível. O primeiro sintoma da dengue geralmente é a febre, que aparece de 5 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. A febre pode vir acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular, dor atrás dos olhos e mal-estar geral. Deve-se evitar a automedicação, pois analgésicos, por exemplo, podem aliviar os sintomas, mas na realidade mascaram a situação, que pode se agravar. O uso de anti-inflamatórios também é contraindicado. O medicamento pode causar hemorragia digestiva em pacientes com dengue. O médico também deve ser informado sobre o histórico de saúde da pessoa com suspeita da doença, se tem alguma doença crônica pré-existente ou toma algum tipo de medicamento diferente do prescrito.

ACOMPANHAMENTO - Quando o paciente apresenta dor abdominal intensa, vômito persistente (de 4 a 6 episódios em um período de 6 horas) ou tontura por queda de pressão, o cuidado deve ser redobrado. Nesses casos, a pessoa deve ficar internada em observação. De acordo com o protocolo da Secretaria Estadual da Saúde, o acompanhamento deve ser especial também aos casos suspeitos em crianças menores de cinco anos, adultos com mais de 65 anos, gestantes e doentes crônicos (hipertensos e diabéticos graves, entre outras comorbidades). Integrantes deste grupo prioritário devem ser avaliados pela equipe de saúde diariamente por um período de 3 a 4 dias.

Já quem não se encaixa nessas condições deve retornar ao serviço de saúde imediatamente após o desaparecimento da febre. A reavaliação é importante para evitar que a pessoa evolua para a forma grave da doença sem assistência adequada. Estudos apontam que os sintomas da dengue clássica duram em média sete dias.




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