Síndrome respiratória do Oriente Médio - Novocoronavírus (MERS-CoV) 12/12/2018 - 09:10
De 16 a 30 de outubro de 2018, o Ponto Focal Nacional da Arábia Saudita do Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005) relatou quatro casos adicionais de infecção pelo coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), incluindo um óbito.
De 2012 a 30 de outubro de 2018, o número total global de casos de MERS-CoV confirmados por laboratório informados à OMS é de 2.266, com 804 mortes associadas.
Avaliação de risco da OMS
A infecção pelo MERS-CoV pode causar doença grave, resultando em alta mortalidade. Humanos são infectados com MERS-CoV por contato direto ou indireto com camelos ou dromedários. A MERS-CoV demonstrou a capacidade de ser transmitida entre humanos. Até agora, a transmissão de humano para humano ocorreu principalmente em ambientes de cuidados de saúde.
A notificação de casos adicionais não altera a avaliação geral de risco. A OMS espera que casos adicionais de infecção por MERS-CoV sejam relatados no Oriente Médio, e que casos continuem sendo exportados para outros países por indivíduos que possam adquirir a infecção após exposição a animais, produtos animais (por exemplo, após contato com camelos), ou seres humanos (por exemplo, em um ambiente de cuidados de saúde). A OMS continua monitorando a situação epidemiológica e conduz uma avaliação de risco com base nas últimas informações disponíveis.
Conselho da OMS
Com base na situação atual e nas informações disponíveis, a OMS incentiva todos os Estados Membros a continuar sua vigilância para infecções respiratórias agudas e a rever cuidadosamente quaisquer padrões incomuns. As medidas de prevenção e controle de infecção são críticas para evitar a possível disseminação de MERS-CoV em unidades de saúde. Nem sempre é possível identificar pacientes com MERS-CoV precocemente porque, assim como outras infecções respiratórias, os primeiros sintomas da MERS-CoV são inespecíficos. Portanto, os profissionais de saúde devem sempre aplicar as precauções padrão de maneira consistente com todos os pacientes, independentemente do diagnóstico. Devem ser acrescentadas precauções de gota às precauções padrão ao fornecer cuidados a pacientes com sintomas de infecção respiratória aguda; precauções de contato e proteção ocular devem ser adicionadas ao cuidar de casos prováveis ou confirmados de infecção por MERS-CoV; precauções devem ser aplicadas ao realizar procedimentos de geração de aerossóis.
O MERS-CoV parece causar doença mais grave em pessoas com diabetes, insuficiência renal, doença pulmonar crônica e pessoas imunocomprometidas. Portanto, essas pessoas devem evitar o contato próximo com animais, especialmente camelos, quando visitam fazendas, mercados ou áreas de celeiros onde o vírus é conhecido por estar potencialmente circulando. Medidas gerais de higiene, como lavar as mãos regularmente antes e depois de tocar em animais e evitar o contato com animais doentes, devem ser seguidas. As práticas de higiene alimentar devem ser observadas. As pessoas devem evitar beber leite cru de camelo, ter contato com urina de camelo e comer carne que não tenha sido cozida adequadamente.
A OMS não aconselha a triagem especial nos pontos de entrada em relação a este evento, nem recomenda atualmente a aplicação de quaisquer restrições de viagem ou comércio.