Brasil - Situação Epidemiológica - Dengue, Chikungunya e Zika 28/02/2022 - 09:50
Situação epidemiológica de 2022
Até a SE 7 ocorreram 90.335 casos prováveis de dengue (taxa de incidência de 42,3 casos por 100 mil hab.) no Brasil. Em comparação com o ano de 2021, houve um aumento de 43,2% de casos registrados para o mesmo período analisado (Figura 1).
A Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa incidência de dengue, com 236,6 casos/100 mil hab., seguida das Regiões: Norte (75,2 casos/100 mil hab.), Sudeste (24,9 casos/100 mil hab.), Sul (15,7 casos/100 mil hab.) e Nordeste (16,4 casos/100 mil hab.) (Tabela 1, Figura 2, Figura 5A).
Em relação às UF que apresentam as maiores taxas de incidência no País, destaca-se: Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal. Os municípios que apresentaram os maiores registros de casos prováveis de dengue até a respectiva semana foram: Goiânia/GO com 9.034 casos (580,7 casos/100), Brasília/DF com 5.941 casos (192 /100 mil hab.), Palmas/TO com 5.856 casos (1.868,8 casos/100 mil hab.), Sinop/MT 2.420 casos (1.624,6 casos/100 mil hab.) e Aparecida de Goiânia com 1.650 casos (274,2 casos/100 mil hab.) (Tabela 2 – Anexo).
Sobre os dados de chikungunya, ocorreram 6.002 casos prováveis (taxa de incidência de 2,8 casos por 100 mil hab.) no País. Esses números correspondem a uma redução de 16,9% dos casos em relação ao ano anterior
A Região Nordeste apresentou a maior incidência com 7,1 casos/100 mil hab., seguida das Regiões Centro-Oeste (3,3 casos/100 mil hab.) e Norte (2,8 casos/100 mil hab.) (Tabela 1, Figura 3, Figura 5B).
Os municípios que apresentaram os maiores registros de casos prováveis de chikungunya até a respectiva semana foram: Macarani/BA com 540 casos (2.833,8 casos/100 mil hab.), Barbalha/CE com 302 casos (489,8 casos/100 mil hab.), Juazeiro do Norte/CE com 294 casos (105,7 casos/100 mil hab.), Itambé/BA com 214 casos (952,2 casos/100 mil hab.) e Parelhas/RN com 197 casos (911,6 casos/100 mil hab.) (Tabela 2 – Anexo). Com relação aos dados de zika, ocorreram 323 casos prováveis até a SE 6, correspondendo a uma taxa de incidência de 0,15 casos por 100 mil hab. no País (Tabela 1, Figura 4, Figura 5C). Em relação a 2021, os dados representam uma diminuição de 38,1% no número de casos do País.
Figura 1. Curva epidêmica dos casos prováveis de dengue, por semanas epidemiológicas de início de sintomas, Brasil, 2021 e 2022*
Figura 2. Distribuição da taxa de incidência de dengue por Região, Brasil, SE 1 a 7/2022*
Figura 3. Curva epidêmica dos casos prováveis de chikungunya, por semanas epidemiológicas de início de sintomas, Brasil, 2021 e 2022*
Figura 4. Curva epidêmica dos casos prováveis de zika, por semanas epidemiológicas de início de sintomas, Brasil, 2021 e 2022*
Figura 5. Distribuição da taxa de incidência de dengue, chikungunya e zika, por município, Brasil, SE 1 a 7/2022
Casos graves e óbitos
Até a SE 7, foram confirmados 75 casos de dengue grave (DG) e 833 casos de dengue com sinais de alarme (DSA). Ressalta-se que 114 casos de DG e DAS permanecem em investigação. Até o momento, foram confirmados 15 óbitos por dengue, sendo 13 por critério laboratorial e 2 por clínico-epidemiológico. Os estados que apresentaram o maior número de óbitos foram Goiás (5) e Bahia (4). Permanecem em investigação outros 46 óbitos.
Até o momento não há confirmação de óbito para chikungunya, no entanto 7 óbitos estão em investigação nos estados de São Paulo (4), Ceará (1), Paraíba (1) e Mato Grosso (1).
Não foram notificados óbitos por zika no País até a respectiva semana. Diante desse cenário, ressalta-se a necessidade de implementar ações para redução de casos e investigação detalhada dos óbitos, para subsidiar o monitoramento e assistência dos casos graves e evitar novos óbitos.
Tabela 1. Número de casos prováveis, taxa de incidência (/100 mil hab.) e variação de dengue, chikungunya até a SE 7 e zika até a SE 6, por Região e UF, Brasil, 2022
Tabela 2 Municípios com as maiores incidências de casos prováveis de dengue, chikungunya até a SE 7 e zika até a SE 6,, Brasil, 2022
Fonte: Ministério da Saúde - Boletim Epidemiológico 07 - Fevereiro 2022