Recomendações para viajantes - doenças imunopreveníveis em países da Europa e Estados Unidos 11/07/2024 - 11:05

Dada a atual situação epidemiológica das doenças imunopreveníveis em diversas partes do mundo, a exemplo da ocorrência de surtos de sarampo, rubéola e coqueluche, além da circulação de influenza e covid-19 em várias regiões da Europa, além da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris em 2024, que atraem grandes contingentes populacionais e aumentam o risco de transmissão dessas doenças, o Ministério da Saúde (MS) recomenda aos residentes no Brasil que se deslocarão para outros países, que estejam devidamente vacinados, de acordo com as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e as recomendações de vacinação em caráter excepcional.

Recomenda-se ainda aos viajantes que apresentarem sinais e sintomas característicos das doenças citadas abaixo, que procurem imediatamente o atendimento de saúde no local do destino e, sobretudo, ao retornar ao Brasil. Caso os sinais e sintomas manifestem durante a viagem, que informem a tripulação.

SARAMPO

No destino: Procure imediatamente assistência médica local.

No trajeto de retorno: Informe a tripulação imediatamente. Na ocorrência de tosse e/ou coriza recomenda-se o uso de máscaras.

Ao chegar no Brasil: Nos primeiros dias após o retorno, esteja atento a qualquer sinal ou sintoma de sarampo ou rubéola e neste caso, procure atendimento médico o mais rápido possível e informe ao profissional de saúde sobre os países que visitou, a duração da viagem e qualquer possível exposição a estas doenças.

COQUELUCHE

Sinais e sintomas: Todo indivíduo, independentemente do estado vacinal, que apresente tosse de qualquer tipo, há 10 (dez) dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística (tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas [cinco a dez], em uma única expiração; guincho inspiratório; vômitos pós-tosse; cianose (tom azulado na pele); apneia (falta de ar); engasgo, vômitos pós tosse.

No destino: Busque assistência médica local. Se a suspeita de coqueluche for confirmada, uma amostra de secreção de nasofaringe deverá ser coletada para exames laboratoriais confirmatórios. Logo após a coleta da amostra o médico deverá prescrever o tratamento com antibióticos para o caso suspeito.

No trajeto de retorno: Informe a tripulação imediatamente, para a adoção de medidas preventivas, como o uso de máscaras.

Ao chegar no Brasil: Fique atento nas primeiras quatro semanas após o retorno da sua viagem. Caso apresente qualquer sinal ou sintoma de coqueluche, busque assistência médica o mais rápido possível e informe ao profissional de saúde sobre os países que visitou, a duração da viagem e os principais locais onde você possa ter adquirido esta doença.

 

COVID-19

Sinais e sintomas: Febre, tosse, fadiga, mialgia, cefaleia, e dor de garganta. Anosmia (perda de olfato) e ageusia (perda de paladar). Náusea, vômito ou diarreia, também podem estar presentes.

No destino: Ao apresentar um ou mais dos sinais e/ou sintomas, da doença, recomenda-se o uso de máscaras imediatamente, e no ato do desembarque buscar os serviços de saúde preferencialmente, ainda no aeroporto, se não for possível procurar atendimento nos serviços de saúde disponíveis na cidade/país de destino.

É necessária a realização do teste para confirmação da doença. Dependendo do país, pode ser autoteste, teste rápido de antígeno (TR-Ag) e/ou RT-PCR. Recomenda-se ainda, antes da viagem verificar as regras e /ou orientações do país sobre os aspectos sanitários, especialmente em eventos de massas Olimpíadas, copa, outras festividades).

No trajeto de retorno: Informe a tripulação imediatamente na ocorrência de um ou mais sinais e/ou sintomas. Recomenda-se o uso de máscaras.

Ao chegar no Brasil: Se apresentar sinais e sintomas no ato do desembarque procure a ANVISA e /ou serviço de saúde no aeroporto de desembarque. Nos primeiros dias (até 7 dias), após o retorno, esteja atento a qualquer sinal ou sintoma da doença. Caso um ou mais destes sinais e sintomas se manifestem, procure o estabelecimento de saúde mais próximo da sua residência e informe sobre a viagem internacional para a equipe de saúde. Recomenda-se, no aparecimento dos sintomas, o uso de máscaras para sua proteção e dos demais do convívio familiar e do trabalho. Lembrando que o SUS disponibiliza os serviços próximo a sua residência por meio das unidades básicas de saúde. O Ministério da Saúde recomenda neste cenário a testagem preferencialmente, por RT-PCR, para identificação de possível nova variante, ainda não presente no território brasileiro. Por isso solicite no local de atendimento a testagem para confirmação por meio do teste de PCR, caso não seja oferecido.

 

INFLUENZA

No destino: Ao apresentar um ou mais dos sinais e/ou sintomas, da doença, recomenda-se o uso de máscaras imediatamente a adoção das demais medidas de etiqueta respiratória. Importante ficar alerta para possíveis sinais de agravamento da doença, como dificuldade respiratória e persistência da febre.

No trajeto de retorno: Na ocorrência de um ou mais sinais e sintomas, recomenda-se o uso de máscaras e a adoção das demais medidas de etiqueta respiratória.

Ao chegar no Brasil: Uso de máscaras para sua proteção e dos demais do convívio familiar e do trabalho e a adoção das demais medidas de etiqueta respiratória. Evitar sair de casa em período de transmissão da doença (aproximadamente sete dias após o início dos sintomas ou até por 24 horas após o desaparecimento da febre e sintomas respiratórios, desde que esteja sem o uso de antitérmico).

Para diagnóstico de influenza é indicado a realização da metodologia de RT–PCR, que é a metodologia padrão ouro.

 

POLIOMIELITE

Sinais e sintomas: Fraqueza ou perda de força muscular, dor muscular, febre, diarreia e vômito.

No destino: Procure imediatamente assistência médica local.

No trajeto de retorno: Informe a tripulação imediatamente.

Ao chegar no Brasil: Se apresentar os sinais e sintomas da poliomielite até 30 dias após o retorno, procurar o serviço de saúde imediatamente.

 

Fonte: CGVDI/DPNI/SVSA/MS.

Fonte: Ministério da Saúde

 

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